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terça-feira, 1 de setembro de 2009

A mineração é uma atividade a curto prazo, mas com efeitos a longo prazo. Ninguém pode (deve) ter a menor dúvida de que, quando realizada em áreas de floresta, constitui um fator de depredação. Calcula-se que, juntamente com a exploração de petróleo, ameaça 38% dos últimos remanentes de floresta primária do mundo.
A atividade mineira inclui diversas fases, cada uma provocando diferentes impactos ambientais. De modo geral, essas fases são: prospecção e exploração das jazidas, desenvolvimento e preparação das minas, exploração das minas e tratamento dos minerais achados nas respectivas instalações, visando a obtenção de produtos comercializáveis.
Na fase de prospecção, algumas das atividades com impacto ambiental são: preparação das rotas de acesso, levantamento topográfico e geológico, estabelecimento de acampamentos e instalações auxiliares, trabalhos geofísicos, pesquisa em hidrogeologia, abertura de fossas e poços de reconhecimento, colheita de amostras.
Na fase de exploração, os impactos dependem do método empregado. Nas áreas de floresta, o simples desmatamento do solo, com a conseqüente eliminação da vegetação - mais vasto no caso das minas a céu aberto -, traz impactos a curto, médio e longo prazo. O desmatamento não só altera o hábitat de centenas de espécies endêmicas (muitas delas fadadas à extinção), mas, também, impossibilita um fluxo constante de água das florestas para os demais ecossistemas e centros urbanos. O desmatamento de florestas primárias provoca um rápido e fluído escoamento da água de chuva, agravando as enchentes no período de chuva, pois o solo não consegue conter a água como quando ele tem cobertura florestal.
Além da área perturbada pela escavação, os danos causados pelas minas na superfície, pela erosão e sedimentação do leito dos cursos de água, se tornam mais graves ainda, devido ao monte de restos de rocha sem valor econômico (chamados de produto estéril) que costumam formar enormes montanhas, às vezes maiores do que a área sacrificada para a escavação.
Atualmente, no mundo todo, mais de 60% dos materiais são extraídos através da modalidade de mineração de superfície, causando a devastação do ecossistema no qual é feita (desmatamento, poluição e alterações na água, destruição de hábitats). Dentro dessa categoria de mineração, cabe distinguir, entre outras, as minas a céu aberto (quase sempre para metais de rocha dura), as pedreiras (para material de construção e industrial, como areia, granito, ardósia, mármore, cascalho, argila, etc.) e a mineração por lixiviação (aplicação de produtos químicos para filtrar e separar o metal do resto do minério).

Até meados do século XX, a mineração subterrânea era o método mais utilizado para extrair grandes depósitos. Depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços tecnológicos e o desenvolvimento de buldôzeres, niveladoras, pás e caminhões maiores e mais potentes permitiram movimentar enormes quantidades de materiais, promovendo a exploração de minas a céu aberto. No entanto, continuam existindo minas subterrâneas, como as de ouro de Witwatersrand, na África do Sul - as mais profundas do mundo -, a do El Teniente, no Chile - a maior mina subterrânea do mundo -, ou a Olympic Dam, na Austrália. O acesso à mina subterrânea é feito através de um poço de mina ou de um plano inclinado que desemboca nas galerias e níveis de produção, conectados entre si por planos inclinados e chaminés que servem para o transporte do mineral e a circulação do pessoal. São utilizados brocas e explosivos para quebrar o minério - a associação de minerais de que se podem extrair metais - em baixo da terra. Geralmente, esse tipo de mineração causa menor impacto ambiental do que a mina a céu aberto. A perturbação na superfície da terra é menor, mas, mesmo assim, pode ter efeitos sobre a água, poluindo-a com ácidos e metais e interceptando aqüíferos. Os trabalhadores estão expostos a situações mais perigosas ainda do que aqueles que trabalham em minas a céu aberto, devido ao risco de afundamento, à má qualidade do ar e às explosões subterrâneas. Nos últimos tempos, as empresas têm desistido desse método por uma questão de rentabilidade, embora alguns minerais como o carvão, o níquel, o zinco e o chumbo, em geral, continuem sendo extraídos com métodos de mineração subterrânea.

Atualmente, no mundo todo, mais de 60% dos materiais são extraídos através da modalidade de mineração de superfície, causando a devastação do ecossistema no qual é feita (desmatamento, poluição e alterações na água, destruição de hábitats). Dentro dessa categoria de mineração, cabe distinguir, entre outras, as minas a céu aberto (quase sempre para metais de rocha dura), as pedreiras (para material de construção e industrial, como areia, granito, ardósia, mármore, cascalho, argila, etc.) e a mineração por lixiviação (aplicação de produtos químicos para filtrar e separar o metal do resto do minério).